Noite de estrelas

Arde na terra a solidão da lua
Iluminando meu olhar perdido
Entre campinas, abismos, chapadas.
Meus olhos queimam a última lembrança
Como fogueira em noite de estrelas.
Me deito só
Com vista para o mundo.
Calando fundo meus sonhos,
minhas queixas.
Mas alço voo em busca de teus passos
Piso descalço na terra do teu corpo.
Suave passo, suave gosto,
cheiro de mato.
Meu braço laço, eu lanço em segredo.

Vem ser meu canto, meu verso,
meu soneto.
Vem ser poema no árido deserto.
Serei oásis, silêncio, festejo.
Serei sertão nas horas de aconchego.

Roberto Mendes e Ana Basbaum

 

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